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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Capítulo 3: novembro, 1996 - junho, 1997

-Mãe!
-Diga.
-Sonhei que nós quatro sofriamos um acidente de carro! -disse Ana, sorridente.
-Que isso menina, você fala uma coisa dessas sorrindo? Deveria chorar por ter tido um pesadelo destes! -A mãe de Ana era "normal demais" como a filha a denominava. Estressada, vivia com uma caneta na orelha, cabelo amarrado desatentamente, uma xícara de café e uma calculadora nas mãos. Era contabilista. E sempre se assustava com o jeito da menina e pedia para o pai conversar com ela.- Sebastião! Vem conversar com a tua filha que teve um pesadelo.
-Que se passa? -Sebastião era um pai quase muito legal. Talvez se ele fizesse algumas viagens pelo mundo paralelo do espaço inexplorado do universo como a filha, ele fosse um pai quase muito legal sem o quase. Era "elevadorzeiro", como dizia a menina, há alguns muitos anos, tinha contato e conversava com todo tipo de gente todos os dias e talvez isso tenha o feito não apenas humano, mas um humano quase muito legal-
-Pai, -pula no colo dele ainda sorridente- sonhei que nós quatro sofriamos um acidente de carro!
-Jura minha filha? E como foi? Você sabe que acidentes de carro não são legais, não é? Porque esse sorriso tão bonito ao falar de um sonho feio?
-Sei sim, mas é que o acidente aconteceu depois de um dia muito bonito! Nós quatro passávamos o tempo inteiro juntos e felizes.
-Nós quatro?
-É. Eu, o senhor, a mamãe e o bebê que ela guarda na barriga.
-Bebê? Mas que bebê? Sua mãe está grávida e não me contou? Ludmila você está gravida? Porque sou sempre o último a saber de tudo nesta casa?
-Eu? Grávida? Quem inventou isso? Aposto que foi essa menina que não pára de inventar história! Não sei de onde saiu essa cabeça tão fértil.
-Minha cabeça não saiu da senhora mamãe?
-Ludmila você está ou não está grávida?
-Não tem ninguém grávido aqui, Sebastião! Você cai na conversa de uma criança? Ainda mais na conversa desta criança! Que horas vais entender que não se deve dar ouvidos à Ana? -a mãe sai batendo porta-
Pai e filha se recompõem em silêncio por alguns segundos...
-Papai, minha cabeça saiu de onde?
-Filha... a sua mãe não está guardando nenhum bebê na barriga, foi só um sonho.
-Está sim pai! Eu sei que foi um sonho, mas não foi "só" um sonho. Sonhos são muito mais que apenas sonhos.
-Sim, sonhos são importantes, mas não são reais. Entenda.
O diálogo se estendeu por mais alguns minutos e então o tempo passou. E já era quase janeiro quando Ludmila descobriu que a filha estava certa. Foi motivo de susto e surpresa. Mas por fim todos ficaram felizes com a notícia. A mãe já estava com 3 meses e começou a sentir fortes mal-estares que se tornaram rotina, pois a gravidez era de risco. Os meses voaram o mais devagar possivel e em junho é chegada a hora. Todos vão às pressas para o hospital e Ana não tirava aquele sorriso de novembro do rosto.
Foi a sua primeira visita ao pior pedaço do mundo paralelo do espaço inexplorado do universo, quando  ouviu aquelas palavras sussurradas e choradas vindas de seu pai:
-Seu irmãozinho voltou pro céu antes de poder brincar com você, meu bem.
Naquele dia ela sonhou com o possível fim da lua.

Capítulo 2: novembro, 1996

Ana foi um caso único para a genética desconhecida. Já nasceu infectada com o vírus do caos. O que não era física, genética e biologicamente possível pois nem sua mãe nem seu pai carregavam o vírus consigo. Com seis anos ela já entendia muito bem das coisas do mundo. Mas eram as coisas do seu mundo.
Saiu para brincar de construir casinhas com legos no pátio de casa e começou a observar as formigas.
-Que feio! Vocês deveriam conversar mais sabiam? Só trabalham, trabalham e trabalham. Trabalho demais causa cabelo desarrumado e café! Se bem que café não é uma coisa ruim... Mas cabelo desarrumado, caras formigas, eu não desejo nem para o meu pior inimigo!... Por favor me escutem, tento falar isso para minha mãe quase todos os dias mas ela não me dá ouvidos. Hunf, vocês preferem trabalhar né? Tudo bem. Eu respeito a decisão de vocês, só aconselho a não colocarem uma caneta atrás da orelha e nem comprarem uma calculadora!
Ana era bem realista -levando em conta a criativa realidade da sua cabeça infectada- e gostava de dar conselhos. Essa era uma das 8 coisas na qual ela mais gostava de fazer na vida! Que eram as seguintes:
1. Observar o movimento das nuvens;
2. Escutar música de olhos fechados;
3. Dançar de olhos fechados;
4. Observar as manias das pessoas;
5. Fazer cafuné;
6. Viajar pelo mundo paralelo do espaço inexplorado do universo;
7. Comer chocolate de olhos fechados;
8. Dar conselhos.
Já estava escurecendo quando sua mãe gritou para que entrasse. Ela se despediu das formigas, entrou, jantou e foi dormir.
Naquela noite, ela sonhou com um dia lindamente nublado e colorido findado com um trágico acidente de carro.

Capítulo 1: Dezembro, 2011.

Madrugada, 3:42 da manhã. Ela se levanta, com todo o cuidado do mundo para que ninguém acorde. Pega o "porta-músicas", os fones de ouvido e caminha lentamente na ponta dos pés até a sala de estar. O silêncio domina o ambiente junto com os mosquitos. Como estava de short, ela volta para o quarto pega o edredon e caminha até a sala novamente. Se senta no canto do sofá de três lugares, se enrola no edredon, coloca os fones e em questão de segundos está protegida do silêncio e dos mosquitos. Coloca a música no volume 13 e então fecha os olhos. Pronto. Estava voando em meio às nuvens de seu cérebro que dançavam de mãos dadas com seus tímpanos, violentamente vibrantes e apaixonados pela melodia na qual ela os presenteava naquele momento.Tão dela.
Passaram-se infinitos 4 minutos e 20 segundos. Mas aqueles não foram simples 4 minutos e 20 segundos, foram 4 minutos e 20 segundos de fumaça azul dançante com cheiro de manga rosa, foram 4 minutos e 20 segundos de flores de artifício saltando e virando pipoca de arco-íris no ar, foram 4 minutos e 20 segundos em que todas, exatamente todas as células de seu corpo bailaram em pares sorridentes no rítmo daquela canção. Quando o infinito chegou ao fim, ela se deu conta de que se alguém a visse ali levaria mil sermões. Não que ela se importasse, mas é que era chato levar sermão depois de viajar pelo mundo paralelo do espaço inexplorado do universo. E afinal já eram 3:49, seu tempo já havia se esgotado e a viagem do dia já estava cumprida. Deu boa noite aos mosquitos e ao silêncio e voltou para o quarto cuidadosamente do mesmo jeito que saiu dele.
Naquele dia ela sonhou com um desconhecido de olhos cor de abraço apertado.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Introdução - Vírus do caos

Ela foi infectada pelo vírus do caos.
O mesmo se alojou numa célula de seu corpo que se multiplicou e multiplicou infinitimente.
Agora ela é feita de caos.
E ninguém a entende.
Vista do lado de fora ela é estranha...
o que não deixa de ser verdade,
mas há muito mais que isso. E ninguém se interessa em saber o que é.
As células infectadas com o vírus do caos causam diversos efeitos psicológicos, comportamentais e sentimentais. O que não é nada bom, pois a doença do caos é diagnosticamente desconhecida. Isso faz com que os infectados sejam sempre mal interpretados, complexados, sozinhos...
Aderiu o vírus ainda na barriga da mãe e, ao longo da vida, a menina manifestou inúmeros problemas.
Os quais costumam afastá-la das pessoas.
Ela não conseguia confiar em ninguém. Nem acreditava que alguém a amava realmente como alguns diziam. Existiram sim, até então, pessoas em que ela conseguisse entregar um pouco de confiança e tentar explicar o que se passava dentro dela. Mas era inútil. Nem ela mesma entendia.
Ela se tornou uma junção de momentos extremamente peculiares e, aos olhos dos outros, estranhos e sem sentido. Os quais serão relatados ao longo dos capítulos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Foi estranho.
Tudo tão passageiro e tão grande ao mesmo tempo.
Poucos momentos, poucas lembranças. Fortes lembranças, bons momentos.
Não foi amor.
Não o queria pra mim. Mas o queria por perto.
Isso era certo, disso eu tinha certeza e poderia afimar com todas as letras: "... que seja, mas o quero aqui!"
Me lembro de quando podia sentir o cheiro daquelas caretinhas. De quando podia abraçar aquela voz. De quando sentia vontade de malinar aquela magreza. Sinto falta de poder cheirar aquele abraço. Sinto falta daquele abraço. Sinto falta daquele olhar.
Eu não tive nada a oferecer, só queria estar ali.
Mas ele passou.
Foi um vento que passou.
Me bagunçou o cabelo, me deixou um lenço e um punhado de saudade.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

E o que ela sabe da vida?
Já tem 17 e o que traz na mochila é um rímel, um lenço, um remédio de nariz, algumas lembranças e farelos de pôr do sol. Tudo o que já passou até agora só fez parte do seu mundo. O qual não faz muita questão de se enturmar com os dos outros. Quais são seus problemas? Quais são suas dívidas? Ela nem sequer sabe o caminho que quer seguir. A quem ela quer enganar? O mundo é perigoso e disso ela sabe. Só não sabe como lidar. Só.
Muitos vão passar pela sua calçada e depende dela convidar alguém para entrar, mas ela só cumprimenta.
Ela é um pequeno pacote de caos que ninguém nota. É um suspiro de cansaço de vida vazia no fim do dia. É uma barra de chocolate amargo, azedo e doce. É um olhar distante e meio fechado. Ela é um dia 13. É um vento que faz das folhas de uma palmeira, cabelos dançantes. É uma melodia psicodelicamente suave. É "um soluço e a vontade de ficar mais um instante". É um universo inteiro apertado em duas mãos, a sua própria e a mão do mundo.
...
Hoje não dá.
Talvez semana que vem, ou quando minha aposentadoria chegar.
Talvez quando a padaria fechar ou quando o sol se deitar.
Hoje não dá.
Vou estar ocupada, fazendo nada, até parar para pensar
que hoje não dá
porque não tem motivo,
eu não quis o perigo e preferi me lamentar.
A gente marca outro dia.
Hoje vou dormir,
amanhã vou fugir
e depois vou cantar.
Outro dia não dá?
Era isso que eu temia.
A sua hora de partida, que parecia que nunca iria chegar.
A verdade é que hoje dá.
Mas preferi desperdiçar.
É mais fácil se acomodar...

Só se caso quisesses saber,
hoje dá.

sábado, 10 de novembro de 2012

E porque é que eu tenho que me conformar?
É perturbador!
Se sentir perdida e não ter nem pra onde voltar.
Não sair do lugar.
Não conseguir nem tentar.
Como se camufla tanta dor?
A montanha de lixo sentimental só cresce.
E o problema é que esse lixo não foi jogado fora.
Nem será.

sábado, 15 de setembro de 2012

Vou me vestir de céu e voar...
sozinha.
Quanto tempo falta para o pôr-do-sol?
Quantas músicas faltam até a próxima chuva?
Às vezes só o vento me basta.
Meu silêncio vaga por aí tentando te levar minhas palavras,
mas já estás fora do alcance,
num mundo paralelo ao meu.
E não existem muitos caminhos que os ligam.
Não existe mais nenhum caminho que os ligue.
Quantas horas faltam para passar?
Quantos céus vou ter que esperar até ter certeza de que não terei mais?
Às vezes nem o vento me basta.
Meu sistema não está mais nervoso.
Minha retina já não te capta mais.
Mas ainda observo os ônibus que passam.
E os lugares de sempre,
ainda estão lá.
Vou guardar um pouco de vento no meu bolso.
Uma hora ele deve ajudar.
Uma hora ele deve bastar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Quanto mais eu tento ser melhor mais me afundo, menos aprendo, mais confusa eu fico.
Quanto mais agradável eu tento ser, mais desagradável eu sou.
Queria ser tanta coisa que acabo sendo nada.
E ainda sempre faço questão de preferir mostrar meu lado azedo e me afastar.
Imagino que a solução seja ficar sozinha.
Assim ninguém se machuca.
Às vezes a lua me parece o lugar ideal.
Tem espaço, silêncio e vazio..
(como se fosse bom não ter com quem comentar sobre as estrelas.)

domingo, 5 de agosto de 2012

Não me deixe só.
Eu tenho medo de escuro,
eu tenho medo do inseguro,
dos fantasmas da minha voz.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

É que... não é bem isso, é mais ou menos, tipo... é quase isso, mas não exatemente, não sei dizer direito, mas foi isso que eu quis dizer, só que não do jeito que entendeste, desse outro jeito que eu tentei explicar agora... é que... Ah, não sei explicar!
É sempre isso.
Pessimista, precipitada, orgulhosa.
Gosta da solidão e tem uma facilidade estúpida de afastar as pessoas de perto de si.
Imagina um mundo cinza, mas sua cor preferida é azul.
Adora escrever frases de efeito mas não segue nenhuma delas.
Se acha fraca e usa isso como desculpa para desistir de tudo.
Sonha em ir longe, mas não sai do lugar.
Adora criticar.
Nada determinada.
É irônica e sempre usa isso como munição. 
Procura tanto a perfeição que acaba sendo mais imperfeita que o normal.
E como todos os outros humanos usa no dia a dia um rosto que não é dela,
um sorriso muitas vezes falso,
e um sistema nervoso movido a mentiras
que ela mesma se conta.
Eu quero sair correndo até onde minhas forças suportarem.
E quando cansar, me deitar e olhar pro céu, admirar suas mil cores, suas mil fases.
Quero poder ouvir o barulho do silêncio, o barulho do vento, o suspiro da chuva.
Quero poder tirar as sandálias e pisar na areia esperando a água atropelar meus pés.
Quero ter a sorte de um dia poder aprender a viver, mesmo não acreditando em sorte.
Quero merecer pelo menos uma coisa de todas as infinitas que desejo..
Quero olhar pela janela do carro no banco de tráz e beijar a brisa gelada.
"Eu quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida"
Quero poder ir adiante com os olhos brilhando e o coração, mente e braços abertos.
Eu queria ter forças o suficiente.
Queria não ser tão nada.
Queria menos sol.
Mais abraços
Mais certezas
Mais sentimentos
Menos "apenas querer".

Então, seja livre..

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Esteja aonde estiver, a gente dá um jeito. 
Porque amigo de verdade faz de tudo.
E deixe que digam...
que isso não dá futuro.
Porque pode não dá futuro, mas dá presente!
E o melhor presente é ter amigos do seu lado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Odeio o modo como fala comigo e como corta o cabelo.
 Odeio como dirige o meu carro.
 E odeio seu desmazelo.
 Odeio suas enormes botas de combate e como consegue ler minha mente.
 Eu odeio tanto isso em você, que até me sinto doente.
 Eu odeio como está sempre certo.
 E odeio quando você mente.
Eu odeio quando me faz rir muito, e mas quando me faz chorar.
 Eu odeio quando não está por perto, e o fato de não me ligar.
 Mas eu odeio principalmente, não conseguir te odiar.
Nenhum pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar."


10 coisas que eu odeio em você.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A cada dia me impressiono mais com a realidade.
Há tempos ela parecia tão distante. E logo ela se tornou tão presente e intensa e... real.
É bom a gente aprender as coisas, viver na pele ou chegar perto disso. Mas é dificil. É dificil tu descobrir que o céu tá longe, que a humanidade é corrupta e que os super heróis não existem. 
Quanto mais vejo que é dificil mais me recolho e absorvo as experiências alheias,
 assim finjo que vivo.

terça-feira, 12 de junho de 2012

É legal quando a gente descobre o quão idiotas são as pessoas. Sério, é legal.. Geralmente faz a gente pensar no quão idiotas nós somos e faz a gente tentar ou pelo menos pensar em tentar mudar certas coisas. Ou simplesmente faz a gente acumular ressentimentos que vamos levar pra vida toda e que nos impedirão de fazer muitas coisas que venhamos a querer no futuro.
Uma hora tu percebes que o fato de tu sempre esconder as coisas de todo mundo não te livra delas. E nessa mesma hora vais perceber o quanto é verdadeiro o dito que diz que "as pessoas podem querer te ver bem mas nunca querem te ver melhor que elas". E nessa mesma hora vais perceber que aquilo que todo mundo fala de que as decepções vem de quem menos se espera, faz sentido. E vais se tocar de tudo o que deverias ter feito e não fez, de tudo que não deveria ter feito e fez, de tudo que não deveria ter dito e disse, de tudo o que sempre precisou dizer e nunca disse..
Quando os tempos são difíceis, a pior coisa a descobrir é que se está sozinho.
Quando, na vida, finalmente parece que vão brotar todas as flores, cai uma chuva estrondosa que pisoteia todo o jardim.
... mas se não fossem pelas flores, a chuva não seria um problema! Ela serve pra lavar a alma, mas pouca gente sabe disso. Pouca gente na verdade quer se dispor a lavar a alma, pelo menos não por completo. Sempre tem uma sensação ruin que no inconsciente te agrada por simplesmente te lembrar do que um dia já te fez bem.
Acho que o que a gente precisa é olhar mais pro céu. Porque às vezes as estrelas tem mais a nos dizer do que quem tá do nosso lado. E elas sempre estarão lá, diferente de qualquer ser humano.
Falando em ser humano.. naquela mesma hora que perceberes tudo aquilo, vais perceber também que a humanidade não caminha. Ela tá sentada numa poltrona planejando quem vai matar ou qual vai ser o próximo post no facebook.


As pessoas mentem. 
Os corações se enganam.
Os olhos são cegos.
A mente erra.

E olhando pela janela do ônibus eu vejo aqueles lugares que me recordam aqueles dias, aqueles olhares..

Gostaria de sentir o que sinto vivendo tudo o que gosto de imaginar.
Gostaria de poder enxergar todos os meus erros que não enxergo.
E gostaria de conseguir ignorar tudo o que atrasa, tudo que faz mal.
Um dia eu consigo, mas enquanto isso...

sábado, 9 de junho de 2012

Nem as mãos.. nem os braços, nem os abraços, nem os sorrisos, nem os olhos incertos, nem os beliscões, os cafunés disfarçados, os carinhos distantes, nem as poucas palavras, nem as demoras, as faltas, nem os pedaços, as metades, os tudos e os nadas. Nem as belezas invisíveis, nem as lembranças do que não aconteceu, nem as vontades, as desvantagens, os desencontros... os desencontros...! 
Nem os desencontros...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

É bacana quando tu não se sente bem no meio em que tu vives.
É bacana perceber que não podes contar com ninguém,
é bacana também quando se quer conversar e nem teu cachorro liga pro que tu falas.
Quando tu tenta lembrar de alguém que realmente se importe contigo e não consegues.
Quando tu percebes a cada dia que passa que o mal do mundo é sem dúvidas o egoísmo!
Quando tu te cansas pela enésima vez de tentar manter a amizade com pessoas que tu consideras mais que amigas mas que não fazem muita questão de te ter por perto.
Quando tu percebes que nada é recíproco.
Que o que tu querias sentir tu não sente e o que tu não querias sentir tu sentes.
É bacana quando tu sabes que não pode nem se revoltar por ser sozinha,
é muito bacana ver que a solução que querias pra isso não existe.
É bacana tu saberes que o que quer que tu faça não vai adiantar, nem mudar nada.
É bacana não conseguir achar um caminho pra seguir né?
Não, não é bacana.

O jeito é virar um deles então? 
Não. O jeito é deixar como tá e continuar desse jeito que te faz infeliz. 
"Sorria e acene!" Apenas.

terça-feira, 1 de maio de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O tempo passa e um dia a gente aprende
Hoje eu sei realmente o que faz a minha mente
Eu vi o tempo passar vi pouca coisa mudar
Então tomei um caminho diferente ♪

Charlie Brown Jr.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012



É engraçado como, com o tempo, tudo muda ao seu redor e você é obrigado a mudar também.
Mais engraçado ainda é quando você percebe que não foi tudo que mudou. 
Que a grande maioria das coisas sempre foram desse jeito, você que nunca havia percebido.
É engraçado quando você finalmente se toca das coisas da vida.
E aprende que momentos ruins e situações difíceis são necessários.
Aprende que as pessoas podem querer te ver bem, mas nunca te querem melhor do que elas.
Aprende que independente do que você queira dizer, as pessoas sempre vão interpretar da maneira delas.
Aprende que vai ter dia que todos vão parecer estar contra você e você não conseguirá mudar isso.
Com o tempo a gente vai percebendo que faz mal prender choro.
Que faz mal prender sentimento.
Com o tempo a gente percebe que nem tudo se resolve com um jeitinho, mas percebe também que só depende de você se deixar cair ou empacar por um problema não resolvido.
Quando os fatos vão acontecendo a gente vai aprendendo que é tudo um grande desafio, cuja vitória é meríto teu. E o que você aprende no caminho é para o seu crescimento pessoal.
Com a distância você vê quem realmente importa pra você. E pra quem você realmente importa.
Depois de um tempo a gente consegue enxergar que não custa nada tentar.
Que você pode dizer que não quer, mas no fundo acaba querendo, 
às vezes de tanto negar.
Com o tempo você vai aprendendo que os tempos realmente não voltam.
Que o melhor é fechar os olhos e deixar a brisa te envolver.
Que ser importa mais do que ter.
Que mesmo a vida sendo sua, você nem sempre vai ter controle de tudo que acontece nela.
A gente aprende que não pode controlar os sentimentos mesmo que você pense que pode.
Aprende que a vida não é nada fácil, 
mas é incrível.
E que se você não acordar e aprender a viver vai ser posto pra trás por si mesmo.
Aproveite!
Perdoe, abrace, cante, dance, olhe nos olhos, fale a verdade, beije, diga o que sente, se não souber traduzir em palavras apenas sinta e compartilhe.
Seja ousado, seja por fora o que você é por dentro.
Seja feliz enquanto há tempo,
enquanto há vida.
Sofrer faz parte,
mas é parte, e não todo.
 E quando a vida gritar com você, lhe ofereça uma flor.
Saiba controlar as coisas.
Aprenda a apreciar os momentos bons, aproveite cada segundo deles, da melhor maneira possível.
É difícil, mas é a vida. 

E vou te contar um segredo: 
O dificil é só no começo. Depois você acostuma.

sábado, 21 de janeiro de 2012

"É dificil se esticar as asas quando se passou a vida toda na gaiola."
"O amor nasce de sementes distraídas que brotam ao acaso."
Felicidade é receber um abraço inesperado e espontâneo.
Felicidade é desfrutar cada minuto de um momento bom.
Felicidade é saber dar valor aos doces que a vida te oferece.
Felicidade é passar a madrugada sorrindo com quem te distrai.
Felicidade é sorrir com a alma.
Felicidade é perceber que és capaz de deixar os outros felizes.
Felicidade é se deixar cativar por um mosquito qualquer que pousa no seu braço do nada.
Felicidade é visitar o quintal de manhã e dar bom dia pro teu cachorro e tuas tartarugas.
Felicidade é contato com quem te concede amor a todo instante.
Felicidade é manter-se tranquila enquanto todos gritam.
A felicidade está em cada milésimo de cada momento da vida.
É só prestar atenção.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A carência vem e me bate na cara pedindo atenção.
Eu procuro.. em todos os cantos. Para não apanhar de novo,
mas não adianta muito. Não é o suficiente.
Nada é suficiente!
Quero estar junto, perto, dar amor e receber.
Mas ao mesmo tempo quero ficar sozinha, e prefiro.
Mas acho que no fundo eu quero apenas estar perto..

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Consigo chatear alguém até sem fazer nada pra pessoa e estando bem.
Como é que é isso? Não se pode mais ficar bem então?
Não se pode mais se ver feliz sem machucar ninguém? É isso?
E quando se pensa mais nos outros do que em si mesma?
Fica triste pra deixar o outro feliz? 
Se for isso.. 
Poxa vida, hein.
Poxa vida!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Eu

Quem sabe que eu nasci em 1995? Quantas pessoas no mundo sabem que eu sou apaixonada por tartarugas? Quantas pessoas sabem que eu não como qualquer comida? Quantas pessoas sabem que eu adoro passar horas no telefone? Quantas pessoas sabem que eu tenho fobia de aranhas? E que só de ouvir o nome delas olho para todos os lados? Quantas pessoas sabem que meu chocolate preferido é Diamante Negro? Quantas pessoas sabem que eu detesto meus pés? Quantas pessoas sabem que eu adoro riscar as pessoas? Quantas pessoas sabem que eu prefiro a caixa de chocolate da nestlé? Quantas pessoas sabem que a primeira coisa que eu reparo em alguém são os olhos? Quantas pessoas sabem que eu odeio roupa colada e salto alto? Quantas pessoas sabem que eu sou louca pelo Jared Leto? Quantas pessoas sabem que eu olho pro fundo do copo quando bebo alguma coisa? Quantas pessoas sabem que eu amo admirar a lua? Quantas pessoas sabem que eu nunca tive um cachorro macho? Quantas pessoas sabem que eu sou fã do Johnny Depp? Quantas pessoas sabem que eu não suporto suco de soja? Quantas pessoas sabem que eu detesto meu sorriso? Quantas pessoas sabem que eu não costumo me interessar pelo comum? Quantas pessoas sabem que minha cor preferida é azul? Quantas pessoas sabem que eu adoro âncoras? Quantas pessoas sabem que meu abraço é forte? Quantas pessoas sabem que eu tenho ciúme das minhas músicas, minhas bandas, meus cantores, meus artistas? Quantas pessoas sabem que eu tenho uma queda por skatistas? Quantas pessoas sabem que eu só pinto as unhas da mão esquerda? Quantas pessoas sabem que eu não saio sem rímel? Quantas pessoas sabem da minha vontade de fazer dreads? Quantas pessoas sabem o quanto eu me importo com tudo? Quantas pessoas sabem da minha mania de guardar datas? Quantas pessoas sabem da minha vontade de ir à Portugal? Quantas pessoas sabem que eu gosto de olhar nos olhos? Quantas pessoas sabem que eu adoro ganhar coisas que já pertenciam a quem me deu o presente? Quantas pessoas sabem que eu adoro a palavra 'brisa'? Quantas pessoas sabem o quanto eu gosto de ficar sentada na calçada da casa do meu tio observando o movimento e pegando um vento? Quantas pessoas sabem que a senha do meu celular é a data do aniversário meu cantor preferido? Quantas pessoas sabem que eu fico encantada com coisas pequenas que muitas vezes ninguém nem vê? Quantas pessoas sabem que eu acho fofo pessoas que usam óculos de grau? Quantas pessoas sabem que eu amo pegar no cabelo das pessoas? Quantas pessoas sabem que eu adoro ganhar carinho do nada? Quantas pessoas sabem que eu amo o número 13? Quantas pessoas sabem que eu não gosto de falar de mim? 
Nem tantas. Nem poucas. Bem poucas. É

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

"como não tenho pra onde ir, fujo pra dentro de mim mesma"

Pedaços de mim

 
 
 
 
 
 
 
 

São quem eu amo malinar, são quem tem que me aguentar falar demais, são que me cutucam quando falo de menos, são quem eu puxo pra dançar em qualquer lugar quando tá tocando uma música qualquer, são quem eu vivo riscando, são quem eu mais invento apelidos são quem eu adoro irritar, são quem eu tenho muito ciúme, são os que batem foto nas piores horas, são quem me brigam quando precisa, são quem eu adoro sacanear, são quem adoram sacanear comigo, são quem vivem falando mal de mim na minha frente, são quem eu mandou mensagem só pra encher o saco ou saber se esstão bem, são quem matam cachorro a grito comigo, são quem também cai quando caio de patins, são quem chegam atrasados e me deixam com raiva, são quem sempre reclamam da minha demora no banho, são quem presenciam acidentes comigo, são quem lêem meus pensamentos só olhando nos meus olhos, são quem eu mando mensagem mandando olhar pra lua sãoquem eu gosto de estar perto, são quem eu digo que não suporto, são quem eu adoro abraçar, são os primeiros que sabem quando baixo uma música nova, são os que eu amo fotografar, são quem me brigam por ser estranha, são quem riem comigo do que ninguém mais ri, são os que me fazem rir até dizer "ai caramba" sem forças, são deles que eu invento histórias e espalho pra todo mundo dizendo que é verdade, são quem eu converso sobre os assuntos mais bizarros e polêmicos, são os que me fazem feliz, são os que eu amo e não trocaria jamais por nada nem ninguém. São os meus amigos, minhas pestes, minhas vidas, meus pedaços de mim!

domingo, 1 de janeiro de 2012

"...E aprende que não importa o quando você se se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam.
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, 
ela vai feri-lo de vez em quando 
e você precisará perdoá-la por isso..."

Willian Shakespeare