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sábado, 15 de setembro de 2012

Vou me vestir de céu e voar...
sozinha.
Quanto tempo falta para o pôr-do-sol?
Quantas músicas faltam até a próxima chuva?
Às vezes só o vento me basta.
Meu silêncio vaga por aí tentando te levar minhas palavras,
mas já estás fora do alcance,
num mundo paralelo ao meu.
E não existem muitos caminhos que os ligam.
Não existe mais nenhum caminho que os ligue.
Quantas horas faltam para passar?
Quantos céus vou ter que esperar até ter certeza de que não terei mais?
Às vezes nem o vento me basta.
Meu sistema não está mais nervoso.
Minha retina já não te capta mais.
Mas ainda observo os ônibus que passam.
E os lugares de sempre,
ainda estão lá.
Vou guardar um pouco de vento no meu bolso.
Uma hora ele deve ajudar.
Uma hora ele deve bastar.