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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
















As janelas deste rio me voam a cabeça.
Eu preciso de uma lição. Mais uma. Antes que eu me esqueça.
Elas não doem. As mudanças. Bom, pelo menos não precisam doer.
Qual o nome disso?
Quero que o tempo passe para amenizar as coisas, trazer outras bagagens, tomar outros cafés, abraçar outros braços, voar entre outras nuvens, viajar em outras músicas...
Mas as músicas continuam as mesmas.
Tortura. O nome disso.
As borboletas não são mais solitárias neste estômago. Convidaram alguns amigos para a festa, ou se metamorfosearam em morcegos ou aranhas... aranhas!
Que coisa é essa que perdi? E essa outra que sempre me acontece? O que são -issos- que me infernizam mesmo estando no campo do desconhecido? O que é que me trás essa ânsia agonizante de futuro que me dá falta de ar e tremores? Não sei. Só sei que o vento me clareia a alma. Pelo menos no instante em que ele passa por mim dançando invisivel e instável.
Só sei que se não der um jeito nesses medos, no final dessa viagem minhas malas estarão vazias. Do jeito que estão agora.
Eu queria um quarto legal.
Eu queria um coração mais aberto.
Eu queria saber o que fazer.
Queria não ser tão nada, para mim.
As janelas deste rio me voam a cabeça...

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